O vento frio que vinha da porta entreaberta a abraçava, arrepiava cada pelo de seu corpo, enfatizado a dor a pouco esquecida em seu peito, que agora voltava muito mais intensa e cruel devido às lembranças que se acumulavam initerruptamente em sua cabeça... as lembranças que ela tanto renegava agora lhe cortavam por dentro. Mesmo lutando contra a verdade que omitia, ela sabia que seu sonho ruim não tinha sido mera ilusão, mas, fator reais de um dia cizento que ela desejara nunca chegar.
As mãos agora apertavam contra o peito tentando confirmar se ainda havia um coração pulsando dentro dela apesar de toda dor que a tomava como um veneno mortal. Então, ela se ajoelhou, e com os olhos ainda fixos na solitária lua, deixou as lágrimas encobrirem novamente sua face, percebendo o quão pequena era ela e o quanto a solidão havia lhe consumido durante todos aqueles anos em que havia se lançado cega e plenamente em um um amor que lhe parecia tão digno de sua alma, tão certo e imprescindível, que parecia ser inesgotável, porém, se esgotou.
Então toda cor daqueles dias se apagou, todas as palavras que pareciam sinceras e esseciais ficaram sem um sentido real, toda certeza se tornou vacilante no momento em que ela ouviu as palavras amargas na doce voz de quem ela jamais imagiaria, jamais aceitaria ouvir. Não dele, não de seu único e perfeito amor...deveria ser inaudível, por ser tão nocivo...
Ainda ajoelhada sob o luar, ainda como um fatasma madrugada a dentro e com tantas lágrimas lhe tirando a visão, ela começou a enteder e aceitar a verdade, que agora lhe parecia estranha, depois de tantos anos soterrada em algum lugar detro dela... a verdade, que era como alguém que não se via a muito tempo e agora volta quase irreconhecível! Ela enfim pôde considerar as próprias opiniões e incertezas...
Talvez ele estivesse certo afinal; talvez ela realmente fosse doente por ser tão dependente dele, por não ter mais uma vida e sim por viver unica e exclusivamente para ele, por aceitar todos os seus erros e falhas como se fossem presentes... Ele nunca mentia e não o faria agora, não teria sentido algum... Era a verade que ela renegava, era o óbvio que ela fazia questão de afastar de seu campo de visão.
Pela primeira vez em muitos anos, podia pensar por sí própria e exergar a si mesma.
Recitou baixinho os tristes versos que cantaram juntos no último inverno e que agora lhe parecia uma previsão desajustada do fim. Falava sobre o frio e a noite...
Não era a lua que vivia tão só, e sim, ela.

Ç.Ç
ResponderExcluirLindoooo...
Adoro seus textos ♥
Oie Diih.... td bem???? to passando aki pra avisar q o blog esta com varias parcerias com lojas nacionais e internacionais que entregam no Brasil. Beijinhus *-* www.prigermano.blogspot.com
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