terça-feira, 6 de abril de 2010

Página rasgada



" Então lá estava ela, parada sob a chuva que caía daquele céu lindamente obscuro; sem se importar com as gotas que caíam sobre sua face e se misturavam em suas lágrimas.Diante de seus olhos, estava o único bom motivo pelo qual ela cotinuaria vivendo cada dia, pelo qual seu coração ainda batia, o único capaz de afugentar toda dor que um dia houve em seu peito.
Ele sorria sutilmente e segurava as mãos dela para mante-la bem perto de si e só atraves daquele toque ela estaria convencida de que aquilo de fato era real e não apeas mais um sonho cruél que logo se vai e leva cosigo toda paz; e tras de volta toda angústia!
Ela olhava fixamente aqueles olhos negros  a ponto de enxergar cada pequena parte de seu coração e a cada segundo que passava ela tinha mais certeza de que nada teria tamanha força para romper o que ligava tão intensamete aqueles dois corações, que agora estavam tão cheios, tão vivos...Ela finalmente havia encontrado sua paz, sua perfeição; finalmente podia saber como era se sentir inteira ! Toda dor que um dia ela julgava ser irreverssível se foi aos poucos , até que seu coração despedaçado pudesse novamente bater tranqüilo.
Ela tocou aquele rosto, suavemete, sentindo sua pele, guardando cada sutil detalhe.Tocou em seu peito, sentindo as batidas rápidas daquele coração, do coração que agora ela possuía e que jamais seria quebrado, não por suas mãos... Ouvia sua respiração e podia seti-la como se o ar dentro dele fosse o mesmo que enchia seus pulmões...Sim, ela estava completa naquele momento!
Em sua mente vagueava a lembrança de tantas noites como aquela, tempos atrás, onde lágrimas caíam de seus olhos sem nenhuma luz, mas cheias de dor e pesar. Elas vinham do buraco deixado em seu peito, onde deveria pulsar um coração...
Lembrava-se daquelas canções tristes que falavam tão claramente sobre sua dor, mas que nunca a curavam, nunca...Mas agora essas canções não mais a tocavam, não mais doíam.Aqueles olhos negros a fizeram ter absoluta certeza sobre o amor, o calor daquelas mãos fizeram todo frio ir embora e a angustia que a assolava em toda noite solitária se desfez, assim como as gotas de chuva ao atigirem o chão.
Ainda inteiramente juntos, ele a tomou em seus braços e susurrou em seu ouvido as únicas palavras que poderiam romper aquele silêncio oportuno: " Eu sempre amei você!" - a voz doce e melancólica- e então em um breve suspiro de alívio, seus lábios se encontraram e embora tudo ao redor compusesse um cenário perfeito; nada ao redor, de fato, importava .
Ela poderia finalmente dormir em paz, enquanto o som daquelas palavras ecoasse em seus ouvidos."

2 comentários:

  1. Adorei muitooo....
    Aaaaaaaaaaaaaaaah perfeitão, Gostaria de escrever e descrever tamanha cena de amor e paixão...
    Lindo *----*

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  2. *---* que bom que gostou !
    brigadão pela ajuda ;)

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